Era do Tim, a perguntar se podia
partir com ele no voo da tarde seguinte. Olhei à minha volta, tinha quase tudo
empacotado e respondi que sim. Passado uns segundos recebi outra mensagem, um
bocado rabugenta, a dizer “ACORDASTE-ME”. Só aí é que reparei que eram quase 8
horas. Fui tomar o banho do costume, demorava sempre 15 minutos no mínimo,
porque lavar os caracóis e pôr máscara demorava o seu tempo. De seguida vesti
uns calções de cintura subida e um body cai-cai às riscas azuis e brancas.
Fui-me pentear e perfumei-me. Liguei para a empresa transportadora e passado
umas horas vieram buscar as caixas com os meus pertences. Saí de casa com a
mala de viagem cheia de roupa e a mala de ombro com as coisas do costume.
Encontrei-me no aeroporto com o Tim duas horas antes do voo. Fomos almoçar e
depois embarcámos.
(…)
Fomos hospedar-nos num hotel que segundo ele
ficava perto do novo estúdio, arrumámos as coisas muito depressa e fomos ver o
estabelecimento. Era enorme, com bastantes boas condições. A fachada dava nas
vistas, com o anúncio já colocado. As paredes já estavam pintadas, as bancadas
postas e as mesas de luz com as ligações elétricas feitas. O espaço estava bem
aproveitado, havia uma zona em frente à porta que tinha um balcão alto, que por
trás tinha a caixa registadora, as mesas de luz, gavetas para arquivo e um
espaço para guardarmos os esboços. O resto do espaço estava dividido em 6 áreas
de trabalho, uma para cada um de nós. Cada parede tinha a nossa cor preferida
como fundo e tínhamos livre-trânsito para pintar por cima dela algo que
gostássemos. Eu sabia que mais ninguém ia pintar, só mesmo eu. E era por isso
que o Tim me tinha dito para ir mais cedo, ele também conhecia todos os membros
da sua equipa muito bem, e a mim em especial. Até sabia que eu ia querer ter a
praia perto de mim, por isso o fundo estava pintado de azul-marinho.
Entregou-me o balde de tinta ocre e um pincel, afastando-se de seguida para eu
poder dar largas à minha imaginação.
Pintei uma barra no junto ao chão
até à altura que queria. Depois fui buscar um baldinho com uma tinta ligeiramente
mais escuras. Fiz dunas e com um pincel grosso molhado só nas pontas marquei os
grãos de areia. Depois vi um outro balde e pintei vegetação a crescer nas
dunas. Reparei que a cor era parecida e, usando essa tinta e uma mistura de
verde e ocre fiz também uma tartaruga. Só faltava mesmo o sol e movimento na
água ali para espalhar a felicidade, mas não tinha tinta amarela nem paciência
para acabar o trabalho. Olhei para o sítio onde pensava estar o Tim e vi um
corpo adormecido. Nem tinha dado pelo tempo passar, mas quando consultei o
relógio vi que ficara mais de 8 horas a pintar. Abri a pequena janela por cima
da minha bancadinha de trabalho para aquilo secar e fui acordar Tim para irmos
descansar.
Este não avança nada na história, mas pronto, foi o que saiu.
Beijinhos.
P.S.- Tenho tido algumas visualizações de página e não tenho quase comentários. Se forem fantasmas, mesmo que seja em anónimo, por favor digam o que acham.
Eu estou a adorar Nih *--*
ResponderEliminarEu quero é saber quem é o rapazinho com quem ela sonha :PP
More *o*
Parece que ainda vais ter de esperar algum tempo então. a curiosidade matou o gato... :p
EliminarAi como eu gosto desta personagem, sabe o que sofro com os caracóis xD
ResponderEliminarOlha, a sério, eu gostei muito. Principalmente da parte em que ela se pôs a pintar.
Mais ;)
Pois, eu sei bem o que é sofrer com os caracóis, por isso é que ando a escrever isto assim. E porque cabelo encaracolado é super sexy ahah
EliminarGostei muito =)
ResponderEliminarMais :p
Beijo